terça-feira, 26 de abril de 2011

Missões na História da Igreja

3. MISSÕES NA HISTÓRIA DA IGREJA
A história da Igreja está repleta do agir de Deus direcionado para Missões. De forma muito especial na trajetória da Igreja, Deus vocacionou vidas e as capacitou para que fossem usadas na propagação do Evangelho ao Mundo. Sem dúvida, cada passo que foi dado pela Igreja de Cristo no decorrer da história da humanidade, vem confirmar o grande projeto de Deus para sua Igreja aqui na terra. A Igreja foi chamada para proclamar a Glória de Deus ao Mundo.
3.1. Igreja Primitiva
A Igreja Primitiva com certeza cumpriu seu propósito na proclamação do Evangelho ao mundo. Após a Ascensão de Cristo, o número de convertidos ao Senhor já era de quase 120 pessoas. (At.1.15) com o cumprimento das promessa da descida do Espírito Santo, (At. 2) a Capacitação do Espírito Santo é dada à Igreja que com grande ousadia revoluciona o mundo com a mensagem de Cristo. O
crescimento da Igreja se dava dia a dia. (At. 2.47). Após a morte de Estevão (At. 7), é desencadeada uma grande perseguição aos cristãos levando-os a fugir de Jerusalém. Deus estava no controle e por onde eles iam em fuga, também levavam a mensagem salvadora de Jesus Cristo.
Esta primeira perseguição levou os cristãos a se dispersarem “pelas terras da Judéia e Samaria” (At. 8.1). A Igreja se espalhou ainda mais atingindo Fenícia, Chipre e Antioquia. (At. 11.19)
Em meio a esta explosão de evangelismo, Saulo o grande perseguidor dos cristãos é alcançado pela mensagem salvadora pelo próprio Cristo. (At. 9) O que sem dúvidas trouxe mais um ardor missionário à vida da Igreja. É dado início à primeira viagem missionária de Paulo. (At. 13), onde partem Paulo e Barnabé. Este trabalho redundou em mais duas viagens missionárias e uma última viagem de Paulo a Roma já no fim de sua carreira missionária. Além do apóstolo Paulo, Deus trabalhou na vida dos apóstolos e de toda a comunidade dos cristãos, fazendo cumprir na vida da Igreja primitiva a grande verdade de Atos 1.8, onde é descrito que a Igreja testemunharia... “até os confins da terra.”
3.2. Na Vida da Igreja dos Primeiros Séculos
“Na noite de 18 de julho de 64 d.C., estourou um catastrófico incêndio em Roma.” 5 Este incêndio teve a duração de seis dias e sete noites. É atribuída por alguns historiadores a autoria do mesmo a Nero, o imperador insano de Roma. Com a realidade da catástrofe, Nero culpa os cristãos e uma grande perseguição é desencadeada contra a Igreja. Muitos foram os mártires que sacrificados, ofereceram suas vidas pela causa Cristã. A perseguição aos cristãos durou até 30
de abril de 311 d.C., “com a promulgação por Galério do edito de tolerância” 6. Contudo, diante de todo o horror vivido ao longo dos anos pelos cristãos, um grande milagre de Deus havia acontecido. “Em 315 d.C., de 190 milhões de habitantes, cerca de 19,8 milhões eram cristãos (equivalendo a 10,4 % das população”. 7. A Igreja estava avançando em crescimento de forma milagrosa. O mundo da época estava recebendo a glória de Cristo.
3.3. O Período das Trevas
Com a entrada de Constantino Imperador de Roma para o Cristianismo, a mesma se tornou Religião Oficial do Império. A perseguição acabou os cristãos passaram a ser protegidos pelo Imperador. A segurança reinou e a Igreja entra em decadência. O paganismo reinou na vida dos cristãos, o imperador passou a ser o Chefe da Igreja e o Chefe do Estado. Houve um casamento da Igreja com o Estado. A Igreja se tornou rica, contudo sem Poder, sem a bênção de Deus. Este foi um triste período das história da Igreja que durou mais de mil anos.
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5 LOPES, Hernandes Dias. Quando Deus Intervém. São Paulo: Ed. Candeia. 2000. P.25
6LOPES, Hernandes Dias. Op.Cit. P. 29
7 FERREIRA, Franklin. A Igreja Cristã. DA Origem aos Dias Atuais. Rio de Janeiro: Ed. Vida Plena
Ltda. 2000. P.7

3.4. Na Reforma da Igreja
Surgem no Séc. XVI os precursores das Reforma. Foram servos fieis do Senhor, brutalmente perseguidos e martirizados pela Igreja Romana, mas, que não negaram suas convicções e sua fé.Lutaram por uma reforma que estivesse acontecendo dentro da própria Igreja, e que a levasse ao retorno de suas origens, e que fosse vivida a realidade de sua verdadeira Identidade que era a de uma Igreja centrada nas verdades bíblicas.
Foram eles: John Wycliff, John Huss e Jerônimo Savonarola.
Neste mesmo século, Deus abençoou sua Igreja com a Reforma, que primou por trazer a Igreja a viver o Cristianismo do Novo Testamento. O pivot do Movimento foi Martinho Lutero. Contudo, outros reformadores também fizeram parte do movimento. Foram eles: Hulrico Zwiglio, João Calvino e John Knox.
A Reforma teve como princípios básicos:
Só as Escrituras.
Só a Fé
Só a Graça
Só Cristo
O Sacerdócio Universal dos Crentes.
3.5. Nos Movimentos de Despertamento na Vida da Igreja Protestante
No período pós reforma ocorreu três movimentos de Despertamento na vida da Igreja protestante. Foram eles: O Pietismo, os Quaacres e os Morávios. Em especial a pesquisa destaca os Morávios pela influência e abrangência que o mesmo desempenhou no meio da Igreja.
O Movimento teve início em 1723, na Alemanha pelo Conde Ludwig Van Zinzendorf. Eles buscaram ao Senhor de todo o coração e “no dia 23 de setembro de 1723, às onze horas da manhã, o Senhor os visitou poderosamente. À partir desse evento, foi iniciado uma reunião de oração sem término de 24 horas por dia, que teve a duração de 100 anos.” 9 Não há dúvidas, de que todo este movimento na vida dos Morávios, foi um forte agir de Deus diante da necessidade de que se apresentassem vidas que estivessem com os olhos além fronteiras, objetivando a proclamação do nome de Cristo ao mundo.
O resultado que a Igreja de Cristo pôde presenciar, foi o agir de Deus na vida de várias congregações da época, missionários sendo enviados às mais longínquas terras e o evangelho sendo anunciado aos povos.
Com este Despertamento, foi dado início ao “Clube Santo” em Oxford,onde George Whitefield, John Wesley e Charles Wesley, foram impactados pelo Espírito Santo, iniciando assim os grandes reavivamentos que a Europa presenciou.”
Bibliografia
CARMO, W. S. do. Missões na vida da igreja local. Monografia. FATEBI,2002, p.21-24