quinta-feira, 8 de abril de 2010

E se JESUS não tivesse nascido?

Esta é sem dúvida uma pergunta intrigante. Entretanto, não é uma pergunta difícil de responder. Basta lançar um olhar na história da humanidade nos últimos dois mil anos. Aquele humilde carpinteiro de Nazaré, que afirmou categoricamente ser Deus, operou milagres e sinais, ensinou enfática e corajosamente sobre ética, amor, justiça, espiritualidade, demonstrando uma autoridade ímpar no que fazia e falava, simplesmente dividiu a historia em antes e depois d`Ele. Uma variedade muito grande de conquistas valiosíssimas na história humana, nas mais diversas áreas, simplesmente jamais teriam ocorrido se Jesus não tivesse nascido. Muitas pessoas passaram por esta vida e realizaram feitos extraodinários; por isso, seus nomes são lembrados e até mesmo venerados. Porém, Jesus Cristo, inegavelmente o homem mais importante que já pisou este planeta e jamais haverá igual, transformou cada aspecto da vida humana e infelizmente a maioria dos habitantes desta terra ignoram esta verdade, não lhe dando a honra que Ele merece. Paradoxalmente, essa indiferença em relação à Pessoa de Jesus fica evidente principalmente na época do Natal. Já nem nos referimos tanto à comercializaçao massiva em torno do Natal de Jesus. Olhando pelo lado positivo, este gesto de trocar presentes ainda é algo salutar entre as pessoas. O que nos assusta mesmo é a banalizaçao deste tão grande acontecimento. É verdadeiramente trágico constatar que as pessoas têm se esquecido de Jesus, a quem devemos tudo!


MAS, E SE JESUS NÃO TIVESSE NASCIDO?

É bem verdade que nem todos ficaram contentes com a vinda de Jesus Cristo à esta terra. A começar pelo diabo e seus agentes que desde o anúncio de Deus no Jardim do Édem que da mulher descenderia um que pisaria a cabeça da serpente (Gn 3.15), desde lá o reino das trevas trabalhou engenhosamente para impedir que Jesus não viesse e nascesse. Mas Jesus nasceu! Este reino continuou trabalhando durante a vida terrena de Jesus, fazendo-lhe oposição, mas o Senhor Jesus consumou o plano da salvação, razão do seu nascimento nesta vida. O maligno continuou trabalhando na história tentando eclipsar a glória do Messias e utilizou varios agentes humanos malévolos, os quais não vale a pena promover as suas memórias nesta singela reflexão que busca enaltecer a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Para citar apenas dois inimigos declarados de Cristo, dos judeus e dos cristãos, Friederich Nietzche e seu fiel discípulo, Adolf Hitler foram duas criaturas que desejaram odiosamente que Jesus não tivesse nascido. Somente as filosofias e ideologias destes dois agentes a serviço do mal, foram responsáveis pela morte de mais de 16 milhões de inocentes. Seus objetivos eram apagar o nome de Jesus da história. Hitler disse: “Historicamente falando, a religião cristã não passa de uma facção do judaísmo (...) Pela lógica, com a destruição do judaísmo, segue-se também a extinção dos padrões morais cristãos (...)”. Mas na profecia de Isaías (9.6), um dos nomes do Messias seria Deus Forte. “Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos? E quem cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó." (Mt 21. 42,44). Tanto Nietzche quanto Hitler foram reduzidos a pó. Quanto a Jesus, Ele é o pai da eternidade!


COMO SERIA A VIDA DAS CRIANÇAS, SE JESUS NÃO TIVESSE NASCIDO?

No mundo antigo, o sacrifício de crianças era um acontecimento corriqueiro. Em áreas próximas de templos pagãos, arqueólogos descobriram cemitérios de bebês sacrificados. Antes que os judeus conquistassem a Terra Prometida, esta prática era comum entre o povo cananeu que as sacrificavam para honrar o deus Baal e sua esposa Astarote. No manual bíblico de Halley (p. 184-5), lemos: “A poucos passos desse templo de Astarote havia um cemitério, onde se acham muitos jarros contendo despojos de crianças sacrificadas no dito templo [...] Os profetas de Baal e de Astarote eram assassinos oficiais de criancinhas." Isso porque na cultura oriental, quer no Oriente Próximo, Oriente Médio ou Extremo Oriente, a vida era banalizada. Na Grécia e na Roma antigas, era perigosíssimo para um bebê nascer, pois o aborto era desenfreado. Abandonar um recém-nascido era algo normal. Geralmente os bebês indesejados, especialmente os fracos e doentes, eram levados à floresta ou às montanhas para serem devorados por animais ou mesmo morrer de fome. Não raramente abandonavam-se também as meninas, pois as mulheres eram consideradas inferiores. O infanticídio não só era lícito como também encorajado pelo Estado. Em Roma, matar um cidadão natural era considerado um crime, mas matar o próprio filho era visto como um gesto nobre e altruísta. Nesta cultura, o pai exercia absoluta tirania sobre os filhos. Tinha autoridade para exterminá-los, vendê-los como escravos, obrigá-los a casarem, divorciá-los e confiscar suas propriedades. A vida humana era extremamente banalizada. Então nasceu Jesus. Ele também foi procurado para o extermínio enquanto bebê. Quando adulto, acolheu as crianças: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam...” (Mt 19.14). Desde então, os cristãos têm tratado a vida como algo sagrado, especialmente a vida dos que ainda não nasceram. Na antiga Roma, muitos recém-nascidos foram adotados pelos cristãos e preservados por causa da sua fé em Cristo. O aborto desapareceu na igreja primitiva, assim como o infanticídio e o abandono de bebês. Houve mesmo um apelo para que as crianças rejeitadas fossem trazidas à igreja. Foram fundados orfanatos e lares para acolher estas crianças. Tais práticas, embasadas numa visão valorativa em favor da vida, influenciaram a civilização ocidental no desenvolvimento de uma ética da vida humana que permanece até hoje.


COMO SERIA A VIDA DAS MULHERES, SE JESUS NÃO TIVESSE NASCIDO?

Antes de o cristianismo influenciar o mundo, a vida da mulher era bastante desvalorizada. No mundo antigo, a esposa era considerada propriedade do marido. Na Índia, na China, em Roma e na Grécia declarava-se abertamente que as mulheres não tinham capacidades para serem independentes. Na filosofia de Aristóteles, a mulher estava em algum lugar entre o homem livre e o escravo. Platão ensinou que se um homem vivesse covardemente, reencarnaria como mulher e esta, por sua vez, reencarnaria como um pássaro. Daí deduz-se que na antiga Roma, a mulher que escapasse do infanticídio, sua vida não era muito melhor, não. As meninas eram abandonadas muito mais freqüentemente que os meninos. Novamente, foi o cristianismo que, com o tempo, começou a devolver a dignidade à mulher. Infelizmente, em muitas civilizações em que o cristianismo tinha pouca expressão, estas práticas repugnáveis perduraram por muitos séculos. Como por exemplo, quando duas missionárias européias, a saber, Sofie Reuter e Anna Jakobsen, fazendo missões na China, no final do séc. XIX constataram o infanticídio de meninas como uma prática comum e bem aceita por aquele povo. Em seus apontamentos, datados de 1880, lê-se: “Era raro que um casal tivesse mais de uma ou duas meninas. Se nascessem, eram descartadas imediatamente. Isso era feito de diferentes formas. A menina poderia ser simplesmente oferecida como alimento a cães selvagens e lobos. Às vezes, o pai a levava à “torre dos bebês”, onde ela logo morreria por causa do abandono a da fome e onde seria encontrada pelas aves de rapina”. Entretanto, desde que o cristianismo começou a influenciar esta e outras civilizações, inclusive centenas de tribos, através das chamadas missões modernas, a vida das mulheres melhorou muito, à medida que os ensinos de Jesus se enraizavam nessas culturas. As missionárias Sofie Reuter e Anna Jakobsen vasculhavam diariamente os locais de abandono para salvar aquelas meninas chinesas da morte certa. Elas criavam estas meninas e as discipulavam na fé cristã. Na Índia não era diferente. Antes da influência do cristianismo naquela civilização, as viúvas eram voluntaria ou involuntariamente queimadas nas piras dos funerais dos seus maridos. Logicamente uma prática horrenda, conhecida como sati. A palavra traduz-se por “boa mulher”. Os hinduístas acreditavam que a boa mulher era a que seguia o marido até à morte. O grande missionário entre os indianos, William Carey, registra que não só esta prática era corrente entre os indianos como também o infanticídio. Os missionários pediram o apoio das autoridades britânicas e erradicaram estas práticas, valorizando a vida humana a partir de uma perspectiva cristã. Ainda no séc. XIX, o príncipe dos pregadores, Charles Spurgeon, relatou uma experiência missionária, em que uma mulher hindu disse: “Certamente sua Bíblia foi escrita por uma mulher. Por quê? ele perguntou. Porque diz tantas coisas boas para as mulheres. Nossos sábios nunca se referem a nós, a não ser para nos repreender”. Antes da influência de Jesus na cultura africana, eles também tinham uma prática similar ao sati. As esposas e as concubinas do chefe da tribo eram mortas na ocasião da morte do marido. Tais costumes tribais foram desaparecendo depois que o cristianismo começou a ser difundido naquele continente. A poligamia foi banida de diversas culturas ao redor do mundo com a chegada do evangelho de Jesus Cristo. Isto é motivo de alegria porque a poligamia é intrinsecamente injusta com as mulheres. A Bíblia nos ensina o modelo ideal para o casamento. É fato que o cristianismo elevou grandemente a dignidade das mulheres. É até uma ironia como as chamadas feministas deste século não dêem crédito a Jesus e à sua palavra. Basta olharmos para aquelas áreas do planeta em que os ensinos de Jesus ainda não chegou, em tais culturas, o valor da mulher é ínfimo.


COMO SERIA A VIDA DOS IDOSOS, SE JESUS NÃO TIVESSE NASCIDO?


A história registra que muitas tribos e povos matavam seus idosos da mesma forma que matavam seus filhos indesejados. Os esquimós, por exemplo, matavam seus idosos abandonando-os à própria sorte, em banquisas de gelo flutuante pelo mar afora. Outras civilizações empregavam outros métodos, mas o fim é o mesmo: Descartar os idosos. Antes de Jesus vir, o valor do idoso era determinado pelo costume particular de cada povo. Na ética ensinada por Jesus, toda a vida é plena de valor, do bebê ao idoso, seja homem ou mulher. Infelizmente, à medida que as sociedades se afastam de Deus e de seus princípios, banindo-O de suas culturas, volta-se ao modelo primitivo da valorização da vida humana, ou seja, quase nenhum. Assistimos o avanço de movimentos sociais que defendem a morte desde o feto até a morte assistida dos idosos, os chamados “ato de misericórdia” ou eutanásia. Os que não defendem este movimento abertamente fazem-no sutilmente, depositando o idoso num lugar qualquer de “acolhimento” para terminar os seus dias lá, longe de tudo e todos. Tem-se abandonado a visão judaico-cristã da valorização da vida humana e substituída por outras de mau gosto. "Mas vós não aprendestes assim a Cristo. Se é que o ouvistes, e nele fostes instruídos, conforme é a verdade em Jesus." (Ef 4.20,21).


Se tirarmos Jesus da história da humanidade, ou seja, se ele não tivesse nascido a vida na sua totalidade seria um caos, sem forma e vazia! O fato é que a humanidade não reconhece isso, nem no Natal. Mas isso já foi diagnosticado pelo apóstolo João ao apresentá-lO ao mundo: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou." (Jo 1.1-5; 9-10;14,18).

Não há nenhum exagero em dizer que o distinto leitor que lê esta reflexão, poderia muito bem não estar vivo hoje se Jesus não tivesse nascido!


Esta reflexão segue a logia de Kennedy, D. James, Jerry Newcombe. E se Jesus não tivesse nascido? São Paulo: Editora vida, 2003.

O Poder da página impressa




Não há meio mais barato nem mais rápido de evangelizar o mundo do que pela literatura evangélica
Eu creio que é plano de Deus que cada homem tenha o Evangelho em sua própria língua, e há várias que ainda não têm nenhuma porção da Palavra de Deus. Se nós a temos em nossa própria língua, por que vamos negá-la aos outros?
Você percebe que deve à página impressa tudo o que é? Não fora pela Palavra de Deus você não seria cristão. A Bíblia diz: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). Como podemos então esperar que um incrédulo ouça e seja salvo, se nem ao menos ele a possui?
O que foi que a Reforma Protestante nos deu? Dizem que foi a pregação de Martim Lutero. Eu não creio que tenha sido. Martim Lutero escreveu quase 100 livros e os fez circular por toda a Europa Ocidental e, como conseqüência dos escritos dele, veio a Reforma. Onde estaria você hoje se não fosse a Reforma?
Acho que o maior milagre dos nossos dias e da nossa geração é a crescente alfabetização ao redor do mundo inteiro. Milhões de pessoas aprendem a ler a cada ano. Mas o que elas irão ler?
O leitor já ouviu falar alguma vez de um homem chamado Charles Darwin? Já ouviu alguma vez de um livro que ele escreveu intitulado “A Origem das Espécies”? E percebe que, como resultado deste único livro, os seus filhos e filhas estão sendo submetidos à teoria da evolução praticamente em todas as escolas e universidades do mundo? Nada jamais pôs em xeque a Palavra de Deus como tem feito a teoria da evolução. Isto lhe dará uma idéia da influência de um único livro?
Os comunistas se jactam de haverem tomado a China por meio da página impressa. Se nós, ao invés de construirmos hospitais e instituições educacionais, tivéssemos canalizado o nosso dinheiro para a mensagem do Evangelho na China, aquele país poderia nunca ter passado para detrás da Cortina de Bambu. A China poderia ter sido evangelizada pela página impressa. Durante 25 anos antes da Revolução Russa, os comunistas derramaram sua literatura dentro do país.
O neto de Ghandi, da Índia, disse certa vez: “Os missionários nos ensinaram a ler, mas os comunistas nos deram os livros”. Veja se é possível uma coisa dessas! “Os missionários nos ensinaram a ler, mas os comunistas nos deram os livros”. Por que os missionários não lhes deram também os livros? Simplesmente porque as igrejas que haviam mandado os missionários nunca tiveram essa visão.
A AÇÃO DAS SEITAS
Sim, e quero dizer-lhe algo mais, quer acredite, quer não: as falsas religiões estão agindo! Você sabia que as Testemunhas de Jeová têm o maior parque gráfico do mundo? Por que não a Igreja Cristã? Simplesmente porque a Igreja Cristã nunca se apercebeu do valor da literatura!
Já viu os pequeninos e modestos salões do reino que as TJ’s mantêm? O leitor nunca ouviu que eles tivessem construído uma catedral. Por quê? Porque eles entendem que a mensagem é mais importante que o edifício.
É aí que a Igreja Cristã tem cometido o seu maior erro. Temos empatado o nosso dinheiro em edifícios em lugar de investi-lo na mensagem. A mensagem é que é dinamite: “O evangelho é o poder de Deus para a salvação” (Rm 1.16). Não o edifício, mas a mensagem!
Meu amigo, temos de decidir se vamos empregar o nosso dinheiro no edifício ou na mensagem, se é que queremos evangelizar o mundo. Em alguns lugares do mundo custa apenas 14 centavos de dólar para se ganhar uma alma para Jesus Cristo por meio da página impressa. Isto significa que não há meio mais barato para levar avante a obra missionária. Se pudermos colocar sistematicamente um exemplar da página impressa em cada lar do país, teremos alcançado “toda criatura” neste país, pois iremos alcançar todos os membros da família.
DE CASA EM CASA
Nossos missionários podem organizar um grupo de obreiros e enviá-los de porta em porta, de casa em casa, com a mensagem. Esse foi o método de Paulo e, portanto, é o método das Escrituras. Ele evangelizava “de casa em casa” a fim de atingir “toda criatura” com a mensagem do Evangelho. Não podemos fazer melhor do que seguir o seu exemplo.
Jesus disse “toda criatura”. A única maneira pela qual se pode alcançar toda criatura é alcançar cada lar e cada família. Isso não pode ser obtido somente pelo envio de missionários nem por meio do rádio. O único meio pelo qual se pode fazer isso é pelo uso da página impressa. Não há outro meio de que eu tenha conhecimento para executar a ordem do Senhor.
Dêem-nos as ferramentas!
Foi na época da Segunda Guerra Mundial. A França havia caído. Os Estados Unidos não tinham entrado. A Inglaterra estava ficando sozinha, encostada na parede, à espera da invasão iminente. Winston Churchill, que era o primeiro-ministro, decidiu falar diretamente ao povo americano.
Eu estava dirigindo numa estrada com minha esposa ao lado. Manobrei meu carro para a margem da estrada e desliguei o motor, para não perder uma palavra sequer, e então sintonizei Londres. O primeiro-ministro falou apenas uns dois ou três minutos, mas disse algo que nunca mais esqueci desde aquele dia até hoje. Winston Churchill, falando ao povo americano, disse: “Dêem-nos as ferramentas, e nós acabaremos a obra”.
É isto que eu lhe digo agora. Tão depressa quanto o dinheiro entra, a mensagem sai! Tudo o que necessitamos são os recursos com que fazer a obra. O leitor já investiu na página impressa? Já deu qualquer coisa para publicar a mensagem? Que Deus o ajude a fazer qualquer coisa que estiver ao seu alcance. “Dêem-nos as ferramentas, e nós acabaremos a obra”.
Oswald Smith
(Extraído do folheto “Mensagem de Oswald Smith” )

Meninas dos olhos de Deus

A REALIDADE
O sul da Ásia compartilha com o resto do mundo a desordem estrutural que joga crianças na indústria do sexo, como: pobreza, má distribuição de renda e oportunidades, caos urbano, êxodo rural, violência doméstica, drogas e álcool e desintegração da família, problemas que atingem inclusive o Brasil. Entretanto, este continente tem algumas disparidades e estigmas que são únicos e que agravam o problema do comércio sexual de crianças: uma declarada preferência por filhos ao contrário de filhas, devido a questões culturais como o dote, pública agressão contra mulheres, o poder do “izzat”, a honra do homem. Ainda contribui terrivelmente para agravar este quadro, o problema das castas baixas nas comunidades, onde os filhos herdam a falta de esperança dos pais de uma vida melhor e são lançadas pelo próprio nascimento à opressão. Tudo isto faz com que a prostituição na venha a ser uma ocupação “voluntária” no sul da Ásia. “Escolha” no sul da Ásia não é um termo que possa ser usado; estas crianças lançadas na prostituição não podem ser comparadas a anjos caídos por livre vontade, mas sim, anjos arremessados a um inferno.
O tráfico de meninas do Nepal é intenso! Estatísticas falam de 7.000 por ano na média, algumas chegam a 12.000 crianças traficadas a cada ano, principalmente para a prostituição na vizinha Índia. Algumas meninas são vendidas com apenas 6 anos de idade e Ouvimos relatos desumanos de garotas que recebiam muitos clientes num mesmo dia, para assim receber um prato básico de comida. Temos uma menina com esse relato hoje conosco, que recebia no mínimo uns 9 clientes/dia no bordel.
Além do Nepal, todo o sul da Ásia sofre tremendamente com o problema do tráfico de crianças para o comércio sexual: Índia, Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Tailândia e Camboja se destacam entre eles. E por isso, mesmo, estes países devem ser nossos alvos de oração.
COMO NASCEU A VISÃO
Em 1997 o Dr. José Rodrigues, presidente da MCM visitou a Índia pela primeira vez e na cidade de Mumbai (antiga Bombaim) teve conhecimento do problema das “Escravas Prostitutas”, meninas que foram vendidas dos países vizinhos para serem usadas como prostitutas na Índia. Foi percebido ali, que milhares de garotas do Nepal estavam sendo usadas na prostituição na Índia.
O Dr. José Rodrigues, tendo se interessado pelo caso, empreendeu outras viagens às áreas de prostituição de Mumbai, e numa dessas idas, deparou com uma garota morta na calçada. No hinduismo, os mortos são cremados em fogueiras ao redor dos templos e rios sagrados, mas aquela garota deveria ser cremada num depósito de lixo da cidade, pois era considerada indigna de ter um funeral nos padrões dignos do Hinduísmo.
O caminhão de lixo veio e levou o corpo da pobre garota... Com tais relatos transmitidos no Brasil, os pastores Silvio, Rose e seu filho Davi, foram para o Nepal no ano 2000, abrindo um lar para meninas nepalesas, recuperando-as da prostituição ou fazendo um trabalho de prevenção para aquelas que potencialmente poderiam ser vendidas no futuro. Meninas que estavam nas ruas se prostituindo, ou mendigando, passaram a ser abrigadas em nossa casa em Kathmandu.
Nasceu assim o trabalho conhecido como: “MENINAS DOS OLHOS DE DEUS”.
ONDE ESTÃO
NEPAL: Após 8 anos de trabalho, há 5 Casas das Meninas dos Olhos de Deus no Nepal que abrigam mais de 100 crianças. Este trabalho está sob a liderança direta do Pastores Sílvio e Rose. A eles se uniram o casal brasileiro Lucas e Sheyla e depois deles, vários outros missionários brasileiros.
As meninas nas nossas casas têm assistência médico/dentária, estudam em escolas particulares que ensinam em Inglês (segunda língua do Nepal). Têm ainda cursos profissionalizantes como: culinária, computação,corte e costura, higiene e limpeza e estudam Inglês em casa com professor particular todos os dias. Elas se alimentam no padrão da classe média alta do Nepal, tem suas camas, agasalhos, roupas, enfim: dignidade restaurada e auto-estima trabalhada. Elas chegam com feridas no corpo e principalmente, na alma, causadas pelo abuso sexual, rejeição e preconceito, sem sonhos nem esperança, mas no dia-a-dia vão sendo ministradas, começam a sorrir, dançar, cantar, sonhar, conhecem ao Senhor, que foi aquele que direcionou e proveu todas as coisas para que elas fossem resgatadas.
Basicamente, elas recebem em nossa casa, o amor de Deus através de nós, como principal remédio para suas feridas.

CAMBOJA: O casal de pastores Gilmar e Valdeci e seus filhos: Junior, Emily e Daiane cuidam da Casa das Meninas dos Olhos de Deus no Camboja. Essa casa abriu recentemente e já temos 6 crianças e adolescentes. Esse trabalho também está debaixo da liderança do Pr. Sílvio.

MOÇAMBIQUE: A missionária Tereza Thiago está em Moçambique desde o ano de 2007. Ela cuida da Casa das Meninas dos Olhos de Deus e tem hoje aos seus cuidados 9 crianças.

BRASIL: Temos 2 Casas das Meninas dos Olhos de Deus no Brasil: Na cidade de Natal-RN, aos cuidados do casal de pastores Aldemar e Joana, onde já cuidam de 12 meninas e na cidade Trindade-GO, aos cuidados da Pastora Leida, que tem sob seus cuidados 16 crianças.

Qual a visão para o futuro
Nos próximos cinco anos, nós resgataremos 3.000 meninas no Nepal. Para isto abriremos 25 casas com 25 crianças em cada uma delas, o restante delas será assistido em suas famílias. Para dar este apoio, nós abrimos uma tecelagem para dar trabalho a elas e suas famílias, onde temos visão de criar uma escola. Registramos uma nova organização (agora no Nepal) chamada Nepalese Home (Lar Nepalês) e nessa organização, as próprias meninas da casa fazem parte da diretoria, isso faz parte de nossa estratégia de ensiná-las para que elas possam administrar e continuar o trabalho no futuro. Estamos trabalhando para que dentro desse tempo já possamos ter casas em Bangladesh e Tailândia, sempre no resgate de meninas. No Brasil, esperamos abrir, pelo menos, mais quatro casas no próximo ano, em diversas localidades.

COMO PARTICIPAR
A MCM (Missão Cristã Mundial) desenvolveu alguns programas de cooperação para pessoas que queiram, de alguma forma, participar deste tremendo desafio.
Há 4 programas em que você ou sua igreja podem se encaixar: Informações detalhadas sobra cada um destes programas, basta escrever para o e-mail: mcm3000meninas@mcmpovos.com ou pelo telefone: 62 – 3505-7872 e fale no escritório das Meninas dos Olhos de Deus.

Você pode se cadastrar na Rede Mundial de Intercessão da MCM.
Você será treinado, preparado para lutar nas regiões espirituais e arrancar em oração a vida de cada uma destas meninas que está presa por satanás.
Para informações, escreva para o e-mail: mcmrededeintercessao@mcmpovos.com ou pelo telefone: 62 – 3505-7872 e fale na Rede Mundial de Intercessão.